Dança e Tecnologia
A pesquisadora e professora da UFBA, Ivani Santanna investiga e viabiliza o encontro entre bailarinos distantes geograficamente, Salvador - Brasília - João Pessoa, através da utilização de imagens que ampliam tanto os estados corporais desses artistas, quanto as estéticas apresentadas ao público. Conforme artigo Silêncio, ruído e presença do corpo (tele)sonoro; Ivani Santanna descreve um de seus projetos:
"Trabalhos como Verus (2005)4 realizado entre 3 cidades brasileiras, no qual a imagem era capturada e processada antes de ser enviada ao outro ponto de presença, por exemplo, os parceiros remotos recebiam a imagem dos corpos dos bailarinos preenchida por uma textura de letras (tratava-se de um texto de McLuhan). Em outros momentos, o corpo era transmitido hiperdimensionado e essa qualidade da imagem servia como estímulo para o parceiro remoto"
A questão da presença e da ausência de corpos pode ser também considerada como uma ruptura com a materialidade habitual no campo das artes. O corpo da dança pode ser repensado com outras correlações, com outros entendimentos e valorações. E como falar em dança, sem pensar em música?
Outro elemento interessante que une dança e tecnologia e que nos coloca questões sobre ausência e presença "física" dos artistas e público é promover o encontro entre gerações e a história de grandes ícones da música. Estamos vivenciando uma série de apresentações através de hologramas que permitem o acesso das gerações atuais a artistas já falecidos. Podemos citar como exemplos os shows com as aparições de Billie Holliday, Michael Jackson, Amy Winehouse e o Abba. Aqui no Brasil, algumas tentativas já foram desempenhadas, como um show com o holograma de Renato Russo e de Cazuza. Estes são alguns exemplos entre outras possibilidades que se ampliam para permitir um contato virtual com o público. Sabemos que nada substitui a vitalidade, a performance in loco do artista, mas também sabemos que quanto mais informações visuais e sonoras nossas percepções forem estimuladas, mais conexões mentais podem acontecer para repensarmos o nosso estar no mundo e o que fazer com esse estar e com esse mundo.
Cristiane Candido
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"Trabalhos como Verus (2005)4 realizado entre 3 cidades brasileiras, no qual a imagem era capturada e processada antes de ser enviada ao outro ponto de presença, por exemplo, os parceiros remotos recebiam a imagem dos corpos dos bailarinos preenchida por uma textura de letras (tratava-se de um texto de McLuhan). Em outros momentos, o corpo era transmitido hiperdimensionado e essa qualidade da imagem servia como estímulo para o parceiro remoto"
A questão da presença e da ausência de corpos pode ser também considerada como uma ruptura com a materialidade habitual no campo das artes. O corpo da dança pode ser repensado com outras correlações, com outros entendimentos e valorações. E como falar em dança, sem pensar em música?
Outro elemento interessante que une dança e tecnologia e que nos coloca questões sobre ausência e presença "física" dos artistas e público é promover o encontro entre gerações e a história de grandes ícones da música. Estamos vivenciando uma série de apresentações através de hologramas que permitem o acesso das gerações atuais a artistas já falecidos. Podemos citar como exemplos os shows com as aparições de Billie Holliday, Michael Jackson, Amy Winehouse e o Abba. Aqui no Brasil, algumas tentativas já foram desempenhadas, como um show com o holograma de Renato Russo e de Cazuza. Estes são alguns exemplos entre outras possibilidades que se ampliam para permitir um contato virtual com o público. Sabemos que nada substitui a vitalidade, a performance in loco do artista, mas também sabemos que quanto mais informações visuais e sonoras nossas percepções forem estimuladas, mais conexões mentais podem acontecer para repensarmos o nosso estar no mundo e o que fazer com esse estar e com esse mundo.
Cristiane Candido
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