Cultura Hacker, livre ou prisioneira de preconceitos?
Estamos vivenciando tempos irônicos e perversamente
desconfortáveis, nos quais ainda surgem
questionamentos sobre o formato de nosso planeta, em que dogmas se fortalecem em práticas políticas
abusivas e facciosas, em que a moralidade ainda está preocupada com o que
fazemos e com quem praticamos nossa sexualidade. Tais discursos, com a
colaboração cooptada da mídia, tentam se
tornar tão resistentes quanto os discursos religiosos se mantiveram por
séculos. Em que lideranças públicas ainda estão mais interessadas em resolver
suas questões meramente egocêntricas do que necessariamente envolvidas com o
bem comum. Isso não é novidade para nossos tempos. Tentaremos, porém, discutir
alguma forma possível e revolucionária para combater essa apatia conceitual da
qual estamos nos aprisionando e nos naturalizando a ela. A Cultura Hacker ou Cultura Livre pode ser sim uma maneira possível de combater essa apatia e de tornar dados, informações e conhecimentos acessíveis. Para alguns, ela é considerada marginal, inconveniente às convenções estabelecidas, para outros, a cultura Hacker é um apelo para novas abordagens midiáticas que expressem outras informações, outros acessos, disponibilizando conteúdos ou alterando padrões de segurança constituídos. De qualquer forma, precisamos mudar nossos tempos e rever nossos condicionamentos conceituais.
A. Cristiane Candido
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