Escultura de Dados: tráfico de africanos escravizados
Escultura de Dados: tráfico de escravos africanos é um projeto realizado por Douglas Luddens na disciplina de projeto Visualização de Dados Física, Curso Comunicação Visual Design, Escola de Belas Artes, UFRJ, ministrado pela professora Doris Kosminsky no semestre 2019. O trabalho é uma escultura de dados que apresenta o comércio e tráfico de escravos africanos, considerando o número de homens e mulheres que atravessaram o oceano Atlântico entre os séculos XV e XIX, inserindo-se no campo da arte e do design conhecido como arte de dados ou data art.
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Douglas Luddens - Escultura de Dados |
- O que é o projeto?
Utilizando miçangas ou contas (adereços religiosos e festivos que representam expressiva presença cultural), Douglas estabeleceu um valor numérico para tornar possível a contabilização dos dados. Cada miçanga equivalia à 10.000 africanos escravizados arrancados de seus locais de origem.
O projeto demonstra a partir da coleta de dados distribuídos em períodos de 50 anos, a estetização dos dados sobre o comércio de escravos. Corroboram, portanto, para exemplificar a nova forma que a visualização de dados assume no campo da arte: elementos visuais que assumem dimensões para além da apenas compreensão dos dados, agindo como formas de plasticidade dos argumentos comunicados.
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Escultura de Dados |
Montagem da escultura
Cada miçanga colorida equivale a 10.000 africanos que foram deslocados por escravos e as cores indicam as grandes regiões de embarque e desembarque. Cada forma circular indica um período histórico;1751 e 1800 ocorreu o apogeu da escravidão; o último meio século mostra que a escravidão já era proibida em alguns países.
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Projeto da escultura |
Fonte de pesquisa
Laboratório da Visualidade e Visualização da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LabVis – EBA). Disponível em: <https://labvis.eba.ufrj.br/projetos/a-dispersao-de-africanos-escravizados-pelo-mundo-atlantico/>
[Érika Mendes]
Adorei, simples e com conteúdo.
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