Glitch: é errando que criamos
Glitch: É errando que
É através da falha da tradução de dados e corrupção digitais que o Glitch surge. Ou seja, o Glitch surge a partir do erro. Os erros indesejáveis em transmissões digitais sempre existiram , mas artistas passaram a ressignificar, manipulando a estética do erro através de códigos. O glitch surge como um inquietador, um questionador com caráter subversível, quebrando padrões artísticos do mundo "perfeito" do digital.
Como considerar um erro uma arte? Se a fotografia ainda hoje tem uma certa resistência por parte de alguns em considerá-la como arte, como essas pessoas enxergam o glitch na fotografia? deve ser assustador e bastante incomodador. Em entrevista ao Jornal da UNICAMP, o pesquisador Renato Petean Marino diz que “Para esses artistas o importante é o processo, é corromper o aparato, desconstruí-lo, ir atrás do elemento falho. A ideia não é produzir algo esteticamente relevante, mas produzir esse enfrentamento”, ou seja, se o glitch for reconhecido como algo bonito, dígno de admiração ou nada disso, não há relevância”. Algo importante a ser dito sobre o Glitch arte, é que ele , apesar de inicialmente ter uma caráter subvergível, passou a ser vendível, passou a fazer parte da industria cultural, não visto mais como uma descontrução, mas construção artística através dos códigos. Veja alguns exemplos de Glitch:
Daniel Temkin
Fazer Glitch tomou outras proporções. Se antes, era criado através de códicos em programas como o processador de texto WordPad, agora, usuários de celulares podem, através de aplicativos, como exemplo o aplicativo "Glitch (glitch4android)" utilizarem variados efeitos glitch que tem se popularizando cada vez mais. O glitch alcançou também setores não digitais, como por exemplo no design de interiores, em móveis e objetos decorativos. Os moveis abaixo têm esses "erros" do glitch, uma certa quebra do padrão estético (tudo "certinho", tudo no seu lugar)
Ferrucio Laviani
Ferrucio Laviani
Sebastian Brajkovic
ótimo post
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