Glitch Art: Explorando a imperfeição do sistema para fazer arte!
Explorar as falhas naquilo que o sistema digital tem a oferecer não é uma novidade recente, a cultura hacker está aí para provar, buscando falhas e brechas nos muitos e muitos códigos que cada canto desse mundo virtual têm a oferecer. A novidade é outra, utilizar destas brechas para construir produtos estéticos como o Glitch Art: Uma arte baseada no burlamento dos códigos.
Quando paramos para visualizar de que são feitas as imagens do mundo virtual, muitos diriam que são modelados por pixels, e quem pensa assim não está errado, mas ao nos aprofundarmos ainda mais, vemos que no fim das contas, o que molda esse mundo são bits, comandos de 1 e 0 que definem a aparência que cada imagem deve tornar: Código. E nessa abertura que o brilhantismo surge, se tudo que vemos no fim das contas é código, o que acontece se alterarmos o código?
É pensando nessas possibilidades que inúmeros artistas, se propõe a experimentações diretas, de rompimento do código, implantando sementes de discórdia que produzem os mais variados tipos de efeitos visuais, sejam eles carregados de algum propósito intencional, como palavras específicas inseridas no código, seja através da própria destruição do código.
Podemos ver a Glitch Art como um produto de uma época que transformou o mundo exterior em código, e que tem em oposição artistas que buscam provar que embora seja muito usado, o código é falho, e o ser humano consegue se sobressair dentro dele. Claro que talvez seja um leve devaneio meu pensar assim, afinal, enquadrar qualquer tipo de arte numa definição é algo limitante, mas quando paramos pra pensar, a algo mais necessário do que quebrar os sistemas que nos cercam a nossa volta?
Escrito por: Guilherme Benfica Borges
Ótimo, é bem isso.
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