Software livre: minha breve experiência

[Post dia 3/09 - Republicado 16/09]
 O ano era 1996, eu tinha apenas cinco anos de idade e foi nesse momento que tive a experiência que foi um divisor de águas na minha vivência infantil: meu primeiro acesso a um computador no laboratório do colégio.

 Como já devem presumir naquela época não existia pen drive, então nós gravávamos nossos arquivos em disquetes. Algo que chamava minha atenção era o fato de usarmos um software chamado Windows 95, nome que parecia de tiozinho jogador de futevôlei. A questão é que o tio Windows intermediava a nossa interação com a máquina. Ele quem fazia a magia acontecer.
 Entre a tela de iniciação e a área de trabalho demorava pouco mais de quatro minutos. Uma eternidade. Era comum nas aulas de informática eu e meus colegas sermos incentivados a produzir algum desenho no paint, algo que para mim que já tinha uma relação amigável com a criatividade era maravilhoso. 
Cresci, continuei inserida no mundo digital e, no mundo criativo. O primeiro contato com um software livre aconteceu no ensino médio, passava os intervalos enfurnada na biblioteca em frente a um computador. Nerd graças a timidez desde sempre. Foi ali que usei pela primeira vez o Mozilla Firefox. Muita gente não sabe mas ele é um software livre e de código aberto! 



Para quem não sabe há 4 liberdades associadas ao software livre são elas: A liberdade de executar o programa para qualquer propósito, estudar seu funcionamento, adapta-lo para suas necessidades, acesso ao código-fonte.  Quando preciso fazer algum trabalho visual pesquiso se há algum software livre pois para mim se trata de uma alternativa a pirataria, a quebra de hegemonia mercadológica e incentivo a liberdade de edição, criação.
Hoje, aos 28 anos, meu maior entusiasta é o meu namorado programador. Obrigada, Bruno.

[Moema Baião]

Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

A animação baiana "Òrun Àiyé: A Criação do Mundo”

Imagem
Teaser - Òrun Àiyé: a Criação do Mundo A produção baiana “Òrun Àiyé: A Criação do Mundo”, com direção de Jamile Coelho e Cintia Moreira, roteiro de Thyago Bezerra e fruto do trabalho da produtora baiana Estandarte Produções, é uma animação em stop motion para contar a criação do mundo pelo Orixá. Foto: Google Imagens Em Òrun Àiyé narra-se a história do Vovô Bira, um griot que divide seus saberes de como os de Orixás africanos como Olodumaré, Orunmilá, Oduduwa, Oxalá (dublado pelo músico Carlinhos Brown), Nanã e Exú, que trocam experiências sobre a descoberta do universo. Repleto de detalhes e fiel aos arquétipos e características do Orixá, o início do filme foca na tarefa dada por Olodumaré ao Orixá Oxalá, que caminha pelos desertos de África em busca de relatos de como as lendas africanas retratam a criação dos seres humanos, da natureza e de todo o mundo. Foto: Google Imagens Ao todo foram 455 dias, mais de 2500 fotografias e 45 profissionais envolvidos ...
Leia mais

Dança e Tecnologia: Um encontro de corpos reais e virtuais

Imagem
 Bailarino Fredrik Rydman em performance "Våroffer" Recursos tecnológicos estão cada vez mais sendo aplicados à dança, expandindo os limites da arte e de como interagimos com ela. Em 2018, o bailarino Fredrik Rydman apresentou sua performance "Våroffer", no Teatro Municipal de Estocolmo, na Suécia, utilizando um robô industrial para além do auxílio na obra, mas como parte da performance.  No caso da dança, a inserção de aparatos tecnológicos além de tornar possível a execução de determinadas movimentos, tem contribuído efetivamente para a consolidação de novas propostas artísticas e formação de plateias. Ao combinar dispositivos, como câmeras, drones, sensores, aptos a captar ângulos antes impossíveis de serem alcançados, o universo da dança tem sido capaz de proporcionar experiências cada vez mais impressionantes. Um desafio capaz de estimular não só a capacidade criativa de coreógrafos e performers, como também os olhares do público. "This perform...
Leia mais

A Ressurreição do Acordo.

Imagem
Acordo é um projeto que visa inserir o corpo dentro dos espaços mapeados na UFBA. A ideia de mapear o campus de Ondina vem a partir da vontade de apresentar os lugares de forma provocativa ao mesmo tempo que é convidativa, usando efeitos sonoros e visuais que estimulam o público a estar conectado com as fotos. As mesmas se encontram em sequências e em vários tons de cores pois a proposta é instigar o imaginário e propor diferentes ambientes. Técnica: Foi usado para capturar as imagens uma camera fotográfica e para edição da mesma usamos o Adobe Photoshop, Adobe Illustrator e Paint. Na edição do vídeo usamos o Vegas Pro. Para a performance de video mapping, seriam utilizados um projetor. Local: O video seria produzido para ser projetado na lateral do Lab IHAC, no prédio Paf 5 da UFBA – Ondina. Conceito : Acordo é um trabalho que, ao longo do processo, recebeu várias modificações e ganha esse nome justamente por essas transformações,por isso o grupo se baseou no texto Novas...
Leia mais