Poder ou o não poder, eis a questão!
Estamos vivenciando tempos irônicos e
perversamente desconfortáveis, nos quais,
ainda surgem questionamentos sobre o formato de nosso planeta, em que dogmas se fortalecem em práticas políticas
abusivas e facciosas; em que a
moralidade ainda está preocupada com o que fazemos e com quem praticamos nossa
intimidade. Em que lideranças públicas ressentidas, protegidas pela ideia de
poder, ainda estão mais interessadas em resolver suas questões meramente
egocêntricas e partidárias do que, necessariamente, envolvidas com o bem comum.
Tais discursos
contam com a colaboração cooptada da mídia e seu monopólio informacional e,
tentam se tornar tão resistentes quanto
os mitos religiosos se mantiveram por séculos. Claro que Isso nunca foi novidade
no decorrer dos tempos, até porque estamos sendo controlados por um sistema de
crédito e comercialização do qual depende nossa subsistência. Ainda estamos
submetidos à critérios de rentabilidade e
lucro do sistema bancário e dos conglomerados empresariais e industriais.
Todavia, atualmente, possuímos meios possíveis para o diálogo, para discutirmos
formas alternativas ou revolucionárias para combater essa apatia conceitual da
qual estão tentando nos aprisionar e, pior ainda, nos naturalizar e nos alienar
a ela.
Estamos
acostumados a entender como natural a divisão de classes, os que concebem,
dirigem e executam a divisão do trabalho, os que detém o poder e os que nunca
terão acesso a ele, os que rezam e os que criam as rezas, os que conceituam os
fenômenos e os que assimilam essas constatações alheias.
É possível
contestarmos os conteúdos informacionais sem sermos detentores de meios
econômicos ou midiáticos? Podemos competir com os poderosos e suas experiências
históricas de dominação e manipulação? É possível uma significativa
transformação midiática? Ou continuaremos nos apetecendo com selfs que garantem
um fictício bem estar, com memes que produzem o riso fácil, com a reprodução de
ideias que atendem nossos consensos e gostos pessoais? Afinal de contas, estamos utilizando a mídia
tecnológica para quê?
Cristiane
Cândido
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