Robotox e a Cultura Hacker
Acesso: https://twitter.com/orobotox
Desde
o começo de 2019 o Ministério da Agricultura aprovou 290 novos agrotóxicos até
a data dessa publicação, sendo que, somente em um único dia foram aprovados 51.
Ler o Diário Oficial da União (D.O.U.), um dos veículos de comunicação pelo
qual a Imprensa Nacional tem de tornar público todo e qualquer assunto acerca
do âmbito federal, permite que a população tome conhecimento de informações
relevantes, mas não é uma tarefa fácil para o cidadão que não está acostumado com a quantidade de informação e a linguagem utilizada. Quando há aprovação de um novo
agrotóxico é obrigatório que seja publicado no D.O.U., mas qual é a ligação
entre a Cultura Hacker e os novos agrotóxicos? O desafio de aprender e transpor
limites para solucionar problemas é a base da Cultura Hacker. Ao contrário do
que a maioria das pessoas pensam, a Cultura Hacker não está relacionada com o
crime, mas com o aperfeiçoamento de sistemas, o uso da criatividade para
contornar problemas, autonomia das pessoas diante da tecnologia, buscar sempre
estar informado, e é no âmbito dessa última característica que surgiu o
Robotox. Com um nome bastante indicativo, é um projeto em conjunto da Agência Pública
e da Repórter
Brasil que desenvolveram um robô do Twitter que faz
diariamente uma varredura no D.O.U. e avisa toda vez que um novo agrotóxico é
liberado, inclusive o nome e a classificação quanto a toxicidade. Produzir dados e conteúdo de relevância social é uma maneira de
utilizar-se do conhecimento e das novas tecnologias. É uma iniciativa que pode
ser replicada para outros conteúdos e que nos ajuda a fiscalizar e direcionar esforços.
[Bruno Roberto Santana
Bello]
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